Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher - Dita cuja

Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher

No Brasil, é muito comum nos depararmos com diversas datas ao longo do ano voltadas a campanhas de conscientização na área da saúde. Inclusive, muitas delas são bastante conhecidas, como o Dia Nacional da Luta Antimanicomial ou o Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Já outros não são tão conhecidos, como o Dia Internacional da Luta pela Saúde da Mulher. Já tinha ouvido falar?

Talvez algumas pessoas até pensem se de fato existe a necessidade dessa data, afinal de contas, vivemos em um mundo moderno! E é sobre isso que a Dita vai falar hoje: a importância de lutar pela saúde da mulher e como ela tem sido afetada pela nossa realidade atual. Podemos até não perceber de forma consciente, mas estamos rodeadas de fatores que minam nosso bem-estar, tanto físico quanto mental e emocional. Quer saber entender um pouquinho mais?

Então, primeiramente, precisamos levar em conta o histórico de repressão que a figura feminina sofreu ao longo dos séculos e como isso afetou tanto o conhecimento sobre nosso corpo e seu funcionamento, como a saúde em geral.

Aqui vai um exemplo: nos séculos passados, eram muito comum que as mulheres sequer fossem examinadas fisicamente; devido aos tabus da época, elas apontavam para um bonequinho de madeira os locais onde sentiam dores ou incômodos e, a partir daí, o médico realizava o diagnóstico. Imagina as chances de ser um diagnóstico errôneo? E claro, como as mulheres não podiam cursar medicina, não havia como tentar contornar esse problema.

“Ah, mas isso já foi! As coisas são bem diferentes hoje, a saúde feminina é ótima" Será mesmo? Vem que a Dita vai te contar uma história:

Tenho certeza de que você já viu várias e várias vezes, em filmes e novelas, cenas de parto com as mulheres deitadas. É super normal, não é? No entanto, essa é uma péssima posição para ser ter um bebê: não se tem o auxílio da gravidade e, anatomicamente, é desfavorável. Mas por quê é uma posição comum, então?

Essa história começa o rei Luís XIV da França. Ele tinha fascínio por assistir partos e, para isso, pedia que as mulheres parissem deitadas para facilitar a sua visão. Como era muito comum que a população imitasse o que a nobreza fazia, essa posição de parto ficou extremamente comum e segue até os dias de hoje, apesar de ser desvantajosa e prejudicial. Isso pois aumenta as possibilidades de laceração e comprime a pélvis, podendo afetar diretamente a integridade do assoalho pélvico feminino e gerar quadros de incontinência urinária, por exemplo. Percebe como uma questão relativamente simples e muito comum tem o poder de impactar diretamente o bem estar da mulher?

Outra forma de como a saúde da mulher vem sendo afetada diz respeito às violências obstétricas, como: proibir a parturiente de escolher a posição na qual prefere dar a luz ou submetê-la à episiotomia (conhecida como o corte no períneo por bisturi, supostamente para facilitar a saída do bebê, mas que não possui nenhuma evidência que aponte benefícios). Essas violações certamente afetam tanto a saúde mental da mulher, que irá se lembrar ao longo dos anos dos traumas do parto, quanto a saúde física. Por exemplo, quando se realiza a episiotomia, é bem provável que a mulher sinta dores durante as relações sexuais por anos.

Vale ressaltar que é preciso dissociar o conceito de saúde apenas como biológico. O bem-estar de uma pessoa deve estar associado, claro, ao físico, mas também deve levar em conta as esferas emocional e mental.

Dessa forma, é fato que a sobrecarga à qual as mulheres são submetidas também afeta de forma intensa a saúde em geral. Enquanto grande parte das mulheres trabalham fora, também é esperado delas que cuidem das tarefas domésticas e da criação dos filhos como se não tivessem que cumprir uma carga horária de oito horas por dia ou mais, sem apoio ou divisão de tarefas com os maridos. Essa realidade mental se reflete também no físico, originando cansaço habitual, distúrbios de sono e até mesmo surgimento de doenças, como depressão, disfunções cardíacas ou problemas de pele.

São muitas as adversidades que interferem na saúde da mulher e é preciso lutar para que sejam solucionadas e que as questões femininas deixem de ser invalidadas. Quem nunca conheceu uma mulher que passou anos sofrendo com cólicas extremas e foi descobrir apenas depois um quadro de endometriose, por ouvir sempre que é normal sentir dores durante o período menstrual?

Por isso, é de extrema importância que a saúde da mulher seja um tema amplamente debatido! Ainda há muito o que lutar nessa área. Nesse sentido, a Dita Cuja apoia essa luta! Temos o propósito de reduzir os incômodos enfrentados pelas mulheres, desde a juventude até a velhice, promovendo alívio e conforto através de hábitos de autocuidado essenciais e produtos de qualidade!

 

 

 

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